Educação Inclusiva: tudo o que você precisa saber sobre o futuro do ensino no Brasil

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Em um futuro não tão distante, olharemos para 2020 como um divisor de águas no que diz respeito à educação no Brasil: num cenário em que grande parte da população não pode sair de casa, a tecnologia desponta como ferramenta essencial para pais, professores e alunos atingirem seus objetivos pedagógicos. Paradoxalmente, nunca se falou tanto sobre o papel fundamental da socialização e da diversidade para formarmos pessoas capazes de interagirem com empatia em um mundo complexo e multicultural. Nesse contexto, surge a temática da educação inclusiva, modelo pedagógico baseado em aspectos como a valorização da heterogeneidade e a busca constante por estratégias visando extrair de cada aluno todo seu potencial de desenvolvimento.

Educação Inclusiva no Brasil

Para conhecer mais sobre a história da educação inclusiva, seus desafios e como pais e professores podem aplicá-la em seu cotidiano, conversamos com Rodrigo Mendes, uma das maiores autoridades do tema no Brasil – há 25 anos o Instituto que leva seu nome realiza projetos  que já capacitaram mais de 9 mil educadores em todo país. Em nosso bate-papo, Rodrigo nos deu uma verdadeira aula sobre a importância de uma escola que abraça as diferenças na criação de um mundo melhor e mais justo. Confira!

“Ao meu ver, inclusão representa uma verdadeira mudança no estado civilizatório. Basta lembrar que os países com os melhores Índices de Desenvolvimento Humano enxergam a diversidade como uma riqueza, e tomam medidas constantes para mitigar a desigualdade. Quando as escolas abraçam esse lema, caminhamos para uma sociedade que não tolera abismos sociais, e em que de fato todos têm a possibilidade de serem tratados como iguais.  Democracia é exatamente isso.”

Rodrigo Mendes

Guiaderodas: você poderia contar um pouco sobre como você definiria Educação Inclusiva, e como o Brasil trata desse tema hoje?  

Rodrigo Mendes: educação inclusiva é o modelo educacional que busca garantir a todas as pessoas o acesso à escola, que valoriza a heterogeneidade e que se preocupa em extrair de cada aluno o melhor aproveitamento possível de todo o seu potencial. 

No ano passado, atingimos um marco único na história da educação no Brasil: 90% dos estudantes com deficiência matriculados na educação básica  frequentam escolas inclusivas, em vez das chamadas “escolas especiais”.

Indicador que resulta de anos de investimentos em políticas públicas voltadas para inclusão. Além disso, um estudo desenvolvido pelo Datafolha, a pedido do Instituto Alana, revelou que 86% dos entrevistados afirmaram enxergar a escola comum como o melhor espaço para crianças e adolescentes com necessidades especiais cultivarem sua educação – se olharmos para trás, esse tópico dificilmente teria o mesmo índice de aceitação há 15 ou 20 anos. 

Entretanto, o tema ainda enfrenta alguns desafios importantes por aqui, principalmente em relação ao acesso: a OMS estima que 15% da população mundial tenha algum tipo de deficiência. Usando esse número como base, seria de se esperar que ao menos 15% das matrículas do sistema de ensino fossem ocupadas por esse público, e isso não acontece. No melhor dos casos, que é o Ensino Fundamental 1, alunos com algum tipo de deficiência correspondem a 3% das matrículas, e  esse montante vai se afunilando até chegar em 0,5%  no Ensino Superior.

Outro desafio bastante importante está no âmbito da formação dos professores – a mesma pesquisa da Datafolha que traz a percepção das pessoas sobre educação inclusiva revelou que 70% dos professores entrevistados afirmaram se sentir inseguros e sem capacitação para lidar com essa novidade no ambiente escolar. Vale lembrar que esse é um tema recente para o mundo, e que os professores muitas vezes podem se encontrar divididos entre metodologias mais antigas e esse novo paradigma de aprendizado. É parte importante do nosso trabalho ajudar os professores nessa transição para um modelo educacional mais moderno e flexível, em que todos têm seu espaço.

Guiaderodas: o que uma escola precisa ter para ser considerada inclusiva? Sabemos que se trata de um exercício constante que envolve fatores como treinamento e mesmo mudanças na estrutura física, mas grande parte de nossa audiência são pais de crianças com deficiência. Se você fosse dar dicas para esses pais no momento de escolher a escola de seus filhos, quais seriam?

Rodrigo Mendes: acredito que se eu explicar alguns dos programas que temos no Instituto, fica  mais fácil entender as ferramentas de que essas escolas precisam dispor! Trabalhamos a partir de dois grandes eixos, sendo o primeiro identificar o que existe de mais avançado no mundo nesse campo e oferecer referências para as pessoas que estão nas salas de aula. Fazemos isso através de um portal chamado Diversa, no qual oferecemos centenas de relatos, depoimentos  e materiais para professores que tenham alunos com necessidades especiais dentro da sala de aula. Essa plataforma também oferece documentários que produzimos nos Estados Unidos, Argentina, França, Dinamarca e em estados das 5 regiões do Brasil. Nosso objetivo não é oferecer nenhum tipo de fórmula mágica, e sim ampliar o conjunto de ferramentas de que os educadores dispõem para lidarem com essas diferenças e se tornarem protagonistas nessa jornada por uma educação inclusiva.  

Nossa segunda frente de trabalho é a formação, que são os cursos que ministramos com objetivo de preencher a lacuna apontada pela pesquisa conduzida pelo Datafolha. Um desses cursos, por exemplo, mostrou como os professores poderiam criar seus próprios materiais educativos para a sala de aula.

No ano passado fizemos um trabalho bem bacana com escolas de Itaquera, em São Paulo, e uma professora do quarto ano estava com dificuldade para ensinar o conceito de sistema solar para dois de seus alunos, um que se enquadra no espectro do autismo e outro com deficiência intelectual. No decorrer do curso, ela aprendeu a  desenvolver um modelo de sistema solar que mostra de forma mais lúdica e completa como os movimentos dos planetas funcionam e suas proporções perto do sol. Acabou sendo algo muito valioso para a turma toda, e isso é muito importante: tudo que fazemos é pensado  de forma a agregar valor para a experiência de todos os alunos da sala de aula.

Já acompanhamos a montagem de mais de 150 materiais para diversas áreas do conhecimento, todos contém tutoriais em vídeo para facilitar o processo de confecção. (confira a relação completa clicando aqui ). Esse repositório de conteúdo foi todo cruzado com a máxima nacional curricular comum, de maneira que ele acaba ajudando também os professores que precisam se adaptar aos parâmetros curriculares atualizados de cada rede a partir de materiais que agregam novas possibilidades para a sala de aula.

Guiaderodas: nesse contexto, qual seria o papel dos pais? Você tem alguma dica sobre como eles poderiam ajudar os filhos e os próprios professores nesse processo?

Antes de mais nada, é bastante comum que os pais se perguntem se seus filhos com deficiência não seriam melhor atendidos nas chamadas escolas especiais, preparadas para atenderem suas necessidades, ou mesmo se é viável que uma criança com algum tipo de deficiência intelectual seja capaz de atingir seu pleno potencial em uma escola convencional – e uma parte muito importante de nosso trabalho é desconstruir esse tipo de mito, criado a partir de uma série de processos seculares de exclusão e de todo um legado muito negativo que nós, enquanto sociedade, temos em relação às pessoas com deficiências.

Vale lembrar, inclusive, que até pouco tempo atrás não seria nem cogitada a hipótese dessas pessoas frequentarem uma escola convencional. As escolas especiais, que até pouco tempo eram a única opção, não são a melhor alternativa para esse público porque logo de cara limitam muito a interação da criança com o resto do mundo, fator essencial para que ela se sinta desafiada e tenha chance de alcançar o seu melhor.

Nesse contexto, não basta que as escolas insiram esses alunos em suas salas de aula, elas precisam se transformar, e existem 3 fatores principais que devem ser pensados para que essa transformação aconteça.

  1. O primeiro deles, e eu bato muito nessa tecla, é que as escolas precisam dar suporte para suas equipes – elas precisam fornecer as ferramentas para que seus educadores ampliem seus repertórios e se sintam empoderados o suficiente para eventualmente se arriscarem – afinal, a educação também envolve riscos .
  2. O segundo fator seria tempo para o planejamento pedagógico de cada aula, explorando novos recursos, novas tecnologias e diferentes formas como a equipe de professores pode agir de forma colaborativa para, gradualmente, eliminar barreiras.
  3. O terceiro ponto é o que entra na sua pergunta: o engajamento genuíno das famílias. Os melhores casos de inclusão que acompanhamos têm essa variável presente, e a escola tem um papel fundamental enquanto canal de diálogo, para modificar visões equivocadas e entender a própria angústia das famílias, até porque muitas delas têm dúvidas se não seria melhor para os seus filhos frequentar uma escola especial.

Tive um exemplo nesse sentido no ano passado, em um seminário organizado pela ONU no qual pessoas de diversas partes do mundo levaram exemplos de jovens com deficiência intelectual que, por terem frequentado a escola comum, conseguiram concluir sua formação, terminar o ensino superior e conquistar autonomia. 

Eu contei o caso do brasileiro Samuel Adiron, filho de uma família de classe média em São Paulo. Seus pais decidiram matriculá-lo em uma escolar regular do bairro, e durante uma conversa com a diretora, ela admitiu que nunca havia tido um aluno com deficiência intelectual na escola, mas que a equipe escolar e a família iriam aprender juntas durante o processo –  ela decidiu apostar tanto na capacidade do Samuel quanto na capacidade de sua equipe para atuar em seu desenvolvimento. Nessa dinâmica, a família acabou aprendendo que a postura de atuar em parceria com a escola, “jogando junto” era muito mais efetiva do que uma postura de apenas cobrar resultados. Hoje o Samuel está no segundo ano da faculdade de pedagogia, seguindo seu sonho de ser professor. (clique aqui para saber um pouco mais da jornada do Samuel!)

Guiaderodas: sobre o que você disse anteriormente, em relação aos pais que muitas vezes ainda têm insegurança sobre colocar os filhos com algum tipo de deficiência em uma escolar regular…muitos pais nos procuram para falar sobre a questão do bullying, pela preocupação das crianças passarem por algum tipo de rejeição nas escolas. Como você enxerga o papel dos colegas nesse processo de educação inclusiva?

Rodrigo Mendes: para responder essa pergunta, é bom voltarmos um pouco para o que definimos como educação inclusiva: esse tema é abordado a partir de uma visão ampla de diferença humana que inclui várias características, e é nesse espectro bastante amplo que enquadramos as deficiências físicas e intelectuais. Esse segmento das pessoas com necessidades especiais acaba sendo citado com mais frequência pelo fato de terem, muitas vezes, sido deixadas de lado e por serem consideradas o grande desafio das escolas.

Isso posto, vale lembrar que o bullying é um fenômeno que acontece na escola independentemente de haver ou não alunos com deficiência – são as diferenças e  contrastes  que levam a esse tipo de agressão. Uma vez fomos a Florianópolis gravar um documentário sobre o tema em uma escola considerada modelo, chamada Donícia Maria da Costa (que você pode conferir aqui ), e numa conversa informal o diretor nos contou que muito embora o tema bullying precise ser frequentemente endereçado pela equipe da escola, não existe nenhum tratamento diferente nesse sentido para os casos de alunos com deficiência.

Infelizmente, toda criança está sujeita a sofrer algum tipo de bullying, seja por alguma diferença em altura ou peso, seja por alguma deficiência física ou intelectual, e isso precisa ser encarado pelas lideranças das escolas de maneira bastante objetiva, com intervenções dos professores quando necessário. Ao meu ver, as linhas pedagógicas mais interessantes são aquelas que buscam promover o diálogo entre os próprios alunos para tratar do tema – uma pedagogia que aposta na capacidade da criança de refletir e entender seu próprio comportamento, cabendo ao educador o papel de mediador do crescimento e do amadurecimento de casa estudante. Não acho interessante pensar em bullying como algo que funciona diferente para a criança com deficiência. 

Guiaderodas: Falando um pouco sobre o momento que vivemos agora, em que todos estamos precisando nos adaptar a uma nova rotina de confinamento – como você enxerga o papel da escola para lidar com esse público escolar nesse cenário?

Rodrigo Mendes: temos acompanhado um esforço enorme de educadores da rede pública para se adaptarem e repensarem seus cronogramas, já que as escolas do Brasil inteiro estão fechadas. No âmbito das escolas particulares, muitas conseguiram seguir seus calendários investindo no ensino à distância, então em geral o que tenho visto são aulas transmitidas ao vivo, aulas gravadas e algumas listas de atividades diárias enviadas aos alunos.

Acho interessante refletirmos nessa nossa convicção de pensar o tempo todo em como não deixar ninguém para trás – tema que ganha uma nova dimensão quando se discute o modelo do ensino à distância aplicado à educação inclusiva: o ensino à distância não pode ser visto como uma resposta definitiva por ser um modelo que, por definição, restringe a interação social e a construção de vínculos afetivos. Mas, diante das circunstâncias pelas quais estamos passando, precisamos fazer o possível com os recursos de que dispomos. 

Existe uma escola chamada Santa Cruz, na zona oeste de São Paulo, cuja equipe pedagógica tem investido cada vez mais em práticas de inclusão, e se articulado para dar condições para que todos os alunos com necessidades especiais continuem estudando.

O Jonas, aluno do fundamental 2 dessa escola, tem autismo e vinha recebendo um apoio complementar às aulas em horários alternativos – a escola, inclusive, criou um núcleo de práticas inclusivas para atender demandas como a dele.

Agora, com as medidas de isolamento decorrentes da pandemia, ele  e outros alunos com necessidades especiais têm recebido roteiros de atividades complementares flexíveis, que permitem que eles se relacionem com os conteúdos de maneiras diversas.

Existe também uma preocupação da escola em se manter próxima desses alunos e de suas famílias através de contatos diários para manter a dinâmica o mais próxima possível de uma relação escolar normal. A coordenadora desse núcleo de práticas inclusivas, a Lucilia, chegou a comentar comigo que, de certa forma, essa situação proporcionou uma oportunidade dos educadores aprenderem novas maneiras de usar tecnologias que já estavam disponíveis, mas acabavam sendo subutilizadas.

Diante desse momento de uma crise repleto de impossibilidades, é bacana termos um exemplo de oportunidades sendo perseguidas. 

O exemplo que acabei de dar é de uma escola particular, e infelizmente não corresponde à realidade da educação brasileira como um todo. Por isso é importante olharmos também para as escolas públicas, que correspondem a mais de 90% do total de escolas que temos no Brasil. Ainda precisamos entender como essas escolas vão conseguir avançar na escolarização de seus alunos dado esse contexto de isolamento. Alguns dos principais desafios enfrentados por elas agora  diz respeito à infraestrutura mesmo: acesso à internet pelos alunos, equipamentos em casa e acessibilidade dos conteúdos. O desafio é grande, mas não devemos desanimar em função disso. 

Há algumas boas notícias nesse horizonte: recentemente, o secretário de educação do Estado de São Paulo mencionou que irá disponibilizar um canal ligado à TV Cultura no qual alunos e professores terão acesso a conteúdo educacional pela internet e pela televisão. (saiba mais sobre essa iniciativa clicando aqui). 

Guiaderodas: O Instituto Rodrigo Mendes tem mais de 25 anos de história.  Você poderia contar um pouco sobre o começo de tudo? Pelo que sabemos da sua trajetória, o Instituto foi criado com uma proposta um pouco diferente, mais voltada para artes, certo? 

Rodrigo Mendes: sim, nascemos como uma escola de artes para pessoas com deficiência. Trabalhávamos em ateliês com até 15 participantes cada, tendo como foco o impacto das artes visuais para promover mudanças na sociedade. Esses ateliês foram ficando conhecidos, e em meados de 2005 começamos a ser procurados por professores interessados  receber treinamento para trabalhar com esses públicos.

Começamos, então, a realizar cursos de capacitação nesse mesmo ano, em 3 escolas públicas da região do Butantã, em São Paulo. Essa frente, chamada Plural, foi recebendo mais demandas, ganhando força e acabamos tomando a decisão de direcionar mais esforços para atender as redes de ensino, já que dessa forma conseguimos impactar um número maior de pessoas. Desde então tem sido possível mobilizar professores, diretores de escolas e secretários de educação de diversas cidades do Brasil, garantindo que todas as crianças e adolescentes tenham acesso à escola mesmo que tenham alguma dificuldade de locomoção ou deficiência.

Guiaderodas: como funciona essa atuação hoje, as escolas buscam vocês, ou vocês apresentam propostas de trabalho nas escolas?

Rodrigo Mendes: Hoje nosso trabalho é feito em parceria com as secretarias de educação de cada município. Esse formato nos permite alcançar um número maior de escolas! Planejamos junto com as secretarias em quais locais iremos atuar e com que projetos. No ano passado conseguimos comemorar nossos 25 anos com uma iniciativa inédita para nós, um projeto de Ensino à Distância, que nos permitiu atender escolas do país inteiro de uma só vez. Foi bastante recompensador. As parcerias com a gestão pública são fundamentais para nos proporcionar capilaridade!

Guiaderodas: ao seu ver, qual o papel de uma educação inclusiva para uma sociedade melhor no futuro? 

Rodrigo Mendes: essa é uma das razões que torna esse tema tão apaixonante…através dele podemos já de cara lidar com dois fenômenos muito importantes nos dias de hoje: a questão da exclusão.

Ao trazer para a escola alguém que até pouco tempo atrás não tinha a possibilidade de participar desse ambiente e, ao mesmo tempo, trazer à tona um tema que passou a ser discutido pelos alunos há pouco tempo: como resolver conflitos e respeitar as opiniões e o espaço de pessoas diferentes de você.

Existe um professor em Harvard chamado Fernando Reimers, que se dedica a pensar que tipo de modelo de educação faz sentido para um mundo cada vez mais integrado e conectado. Ele percebeu que, no mundo organizacional hoje três das competências mais procuradas para um profissional são sua capacidade de se relacionar com quem é diferente, mediar conflitos e estabelecer cooperação. Falamos de uma gama de habilidades preciosas para o mundo em que vivemos e que são estimuladas pela educação inclusiva.

É uma oportunidade bastante valiosa para os alunos de hoje poderem experimentar, na escola, um gosto do mundo como ele é de fato, longe da bolha e de falsas representações de sociedade. Ao meu ver, inclusão representa uma verdadeira mudança no estado civilizatório. basta lembrar que os países com os melhores Índices de Desenvolvimento Humano enxergam a diversidade como uma riqueza, e tomam medidas constantes para mitigar a desigualdade. Quando as escolas abraçam esse lema, caminhamos para uma sociedade que não tolera abismos sociais, e em que de fato todos têm a possibilidade de serem tratados como iguais.  Democracia é exatamente isso, e o mundo melhora quando a escola contribui para o desenvolvimento de valores como esse. 

Texto por: Renata Schmidt

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