A partir do dia 24 de agosto, todas as atenções do mundo estarão voltadas para os mais quatro mil atletas competindo no maior evento esportivo do mundo. Por isso, preparamos um guia sobre Tóquio 2020 com tudo que você precisa saber para não perder nada.

Agenda dos Jogos

A Paralimpíada de Tóquio 2020 vai acontecer, sem público, entre agosto e setembro desde ano. Serão 539 eventos no total, disputados em 21 locais de competição. As primeiras medalhas serão concedidas um dia depois da Cerimônia de Abertura, em 25 de agosto, no paraciclismo feminino. Além disso, 24 medalhas de ouro no total estarão em jogo neste dia: 16 na natação, quatro na esgrima em cadeira de rodas e quatro no ciclismo em pista.

Os fãs ainda poderão assistir aos tradicionais esportes, como atletismo e natação, durante todo o período dos Jogos de Tóquio. Eles estão agendados para todos, exceto dois dos 12 dias de competição.

Um dos momentos mais esperados é o chamado “domingo de ouro”. No meio da Paralimpíada, em 29 de agosto, serão realizados 63 eventos de medalhas, a maior quantidade de premiações entre todos os outros dias. Serão, portanto, 20 eventos finais no atletismo; quatro no triatlo; quatro no remo; 13 na natação e cinco no judô, além da final do rugby em cadeira de rodas.

Estádio Nacional vai receber a Abertura da Paralimpíada (Arne Müseler/Wiki Commons)

Já em 5 de setembro acontecerá a Cerimônia de Encerramento, além de 15 eventos finais. O último será o basquete masculino em cadeira de rodas.

Quanto aos horários, o Comitê Organizador de Tóquio 2020 ressaltou que os eventos foram agendados em horários “familiares”, que permitirão que o maior número possível de pessoas os assistam. As últimas sessões em 18 dos 22 esportes estão programadas, então, para terminar antes ou até às 22h, no horário local (10h de Brasília).

Modalidades 

Ao todo, 22 modalidades estarão presentes nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. São elas:  Atletismo, Badminton, Basquetebol em cadeira de rodas, Bocha, Canoagem, Ciclismo  (estrada e pista), Esgrima em cadeira de rodas, Futebol de 5, Goalball, Hipismo, Judô, Levantamento de peso, Natação, Remo, Rugby em cadeira de rodas, Taekwondo, Tênis de mesa, Tênis em cadeira de rodas, Tiro, Tiro com arco, Triatlo e Vôlei sentado. 

Os destaques são a introdução de duas novas modalidades no programa oficial paralímpico. O badminton e o Taekwondo foram adicionados no lugar do futebol de 7 e da vela, retirados pelo baixo alcance internacional. 

Além disso, a modalidade com maior número de eventos individuais será o atletismo, com finais em todas as sessões, totalizando 167 eventos de medalhas.

Uniformes e medalhas

Uma das novidades do Brasil para os Jogos Paralímpicos de Tóquio são os novos uniformes. As 120 peças foram produzidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) com o foco voltado para acessibilidade, atendendo diretamente as necessidades das deficiências dos atletas.

Entre os recursos está, por exemplo, um zíper, que será uma espécie de “puxador ergonômico”, possibilitando maior autonomia aos atletas que possuem limitação motora ou articular nas mãos. Já as calças possuem uma abertura lateral na barra para facilitar a passagem da prótese para os atletas amputados de membros inferiores.

Já as medalhas foram feitas com marcas específicas para distinguir ouro, prata e bronze, facilitando o reconhecimento dos atletas. Além disso, em cada uma delas, estará escrito Tóquio 2020 em braile. 

Brasil 

A delegação brasileira será composta por 253 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 159 homens e 94 mulheres. Esta é a maior delegação já convocada para uma edição dos Jogos fora do Brasil, já que na Rio 2016 foram 286 atletas no total. 

E a expectativa é de muito brilho verde e amarelo em solo japonês. O Brasil é favorito em muitas modalidades. Na natação, a lenda Daniel Dias, maior medalhista da modalidade no mundo, vai se despedir das piscinas, disputando pela última vez uma edição de Paralimpíada. Além dele, Maria Carol Santiago, Edênia Garcia, Wendell Belarmino e Phelipe Rodrigues também merecem destaque. 

 Fernando Maia/MPIX/CPB

Nas pistas de atletismo, Petrúcio Ferreira promete voar rumo ao pódio, quebrando, quem sabe, o seu próprio recorde mundial. E no campo, Raíssa Machado, no lançamento de dardo, e Beth Gomes, no lançamento de disco, são a grande esperança de medalha.

O Goalball masculino vai em busca da tão sonhada medalha de ouro, que ainda falta para o país, que apesar disso, é a maior potência mundial da modalidade. E no Futebol de 5, a seleção vai em busca do quinto título nas cinco edições em que o esporte foi disputado. 

No judô, Antônio Tenório, tetracampeão paralímpico, vai disputar sua sétima Paralimpíada aos 51 anos, depois de ter vencido a Covid-19. E Alana Maldonado quer conquistar a inédita medalha de ouro feminina na modalidade. 

Estes são apenas alguns destaques brasileiros de tantos outros que existem. Por isso, a expectativa é que o país bata o recorde de medalhas conquistadas em uma única edição e consiga sua melhor colocação no quadro de medalhas, superando o 7º lugar em Londres 2012.

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