Quarto com acessibilidade para cadeirante: o que levar em conta?

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Dormitórios acessíveis devem seguir algumas diretrizes para garantir a segurança e o conforto dos usuários

Para projetar um quarto para um cadeirante, é preciso ficar atento à NBR 9050. Essa norma brasileira diz respeito à “acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”, como consta em seu título. Ou seja, ela reúne diretrizes de caráter técnico com o objetivo de padronizar processos para a elaboração de projetos acessíveis, pautados no Desenho Universal.

Publicada pela primeira vez em 1985, ela passa constantemente por revisões, sendo sua versão mais recente a de 2020. Nesta edição, uma novidade que chamou a atenção foi a ilustração que representa um dormitório acessível:

E é com base nele que projetos de quarto com acessibilidade podem ser pensados, garantindo todos os recursos necessários. A seguir, veja alguns deles:

  • Área de circulação: é preciso haver uma faixa livre de, pelo menos, 0,90 m de largura. Ela é necessária para circulação interna e manobras para quem usa cadeira de rodas. Também é preciso uma área de no mínimo 1,50 m de diâmetro para possibilitar um giro de 360°.
  • Cama: a altura deve ser de 0,46 m.
  • Tomadas: de altura, entre 0,40 m e 1 m é que devem estar posicionadas.
  • Telefones e alarmes: quando falamos em quartos com acessibilidade de locais de hospedagem, instituições de idosos e hospitais, devem haver telefones e alarmes visuais, sonoros e/ou vibratórios.
  • Olho mágico: deve estar instalado a uma altura que pode variar entre 1,2 m e 1,6 m. 

Quarto com acessibilidade para cadeirante: outras dicas

Outras sugestões bastante úteis para dormitórios acessíveis são:

  • Cabideiros articulados permitem que a pessoa use um pegador para puxá-lo e ter acesso às roupas. Assim, o recurso garante o aproveitamento das partes mais altas do guarda-roupa, liberando as partes mais baixas para armazenar outros objetos.
  • Evite objetos que possam atrapalhar a circulação, como tapetes, vasos e luminárias de chão.
  • Revestimentos nas paredes ajudam na proteção e durabilidade do espaço.
  • Também é importante pensar na organização para que tudo fique realmente acessível. Divisores de gavetas, por exemplo, podem ser úteis para guardar peças e objetos menores, como meias e roupas íntimas. Dobrar as peças de maneira que fiquem fáceis de visualizar e pegar é mais uma dica.
  • Portas de correr para a entrada e os armários são de fácil manuseio e economizam espaço, aumentando os limites de circulação.

Acima de tudo, lembre-se que o melhor quarto com acessibilidade é aquele que é funcional para você e suas necessidades, oferecendo conforto, segurança e autonomia. E para completar, um banheiro acessível faz toda a diferença. Veja o que é preciso para ter um aqui.


Luciana Faria

Luciana Faria
Escolheu o jornalismo para fazer da paixão por contar histórias sua profissão. Há mais de uma década no mercado editorial e poeta desde a infância, acredita que a palavra também pode transformar as pessoas e mudar o mundo!

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